As diferenças são muitas, mas a única semelhança é que
são atividades realizadas na piscina.
A hidroterapia é uma fisioterapia na água orientada por
um fisioterapeuta e o principal objetivo é a reabilitação. Normalmente, é um
trabalho individual onde o fisioterapeuta desenvolve sessões de acordo com as
necessidades de cada indivíduo. Diferentes tipos de doenças são tratados na
hidroterapia, como:
- Reumáticas (artrose, artrite, espondilite anquilosante,
entre outros);
- Neurológicas (AVC, Parkinson, Alzheimer, paralisia
cerebral, entre outros);
- Ortopédicos: (hérnia de disco, lesão de manguito rotador,
entrose de tornozelo, pós-operatórios, entre outros).
A Hidroginástica é um conjunto de exercícios corporais
realizados em uma piscina com objetivo da manutenção profilática da saúde. Visa
o fortalecimento muscular, o condicionamento físico geral, cardiovascular e
respiratório. A Hidroginástica constitui atividade física de participação
ativa, proporciona bem estar e interesse ao praticá-la e ao melhor conhecê-la,
criando novas relações com o próximo, o ambiente e consigo mesmo. Acredita-se
que a atividade aquática promova um estilo de vida mais saudável e favoreça
modificações de comportamento em convergência com uma vida com mais qualidade.
É uma atividade de intervenção do Profissional de Educação Física, portanto,
somente ele está habilitado para tal.
A Hidroterapia, por sua vez, é um recurso
fisioterapêutico que tem sido cada vez mais utilizado na área médica para se
obter uma recuperação mais rápida e melhor dos pacientes. Na Hidroterapia, são
traçadas condutas e exercícios personalizados para cada pessoa, de forma a
acelerar e facilitar a reabilitação. O tratamento é realizado por um
fisioterapeuta, geralmente pós-graduado em hidroterapia. Hidroterapia e
Hidroginástica são duas atividades claramente distintas, ainda que os objetivos
de ambas sejam processados através da exercitação física no meio aquático. No
caso da Hidroterapia, os objetivos predominantes dizem respeito à reabilitação
de capacidades funcionais, em meio a sessões individualizadas e orientadas por
fisioterapeutas. Pode-se então acrescentar que não existe aula de Hidroterapia.
Quanto à Hidroginástica, através dessa expressão de cunho genérico,
referimo-nos a uma prática pedagógica destinada à realização de valores
sociais, baseada em diversos programas de exercitação aquática, realizados
predominantemente em posição vertical, durante aulas ministradas por
profissionais de Educação Física que visam o desenvolvimento da aptidão física,
a elevação da autoestima e a integração social de seus praticantes.
Como se vê, a Hidroginástica e a Hidroterapia são bem
diferentes. Ambas são saudáveis, mas têm finalidades e procedimentos diversos,
e as práticas são supervisionadas por profissionais com formações distintas.
Mesmo assim, é comum a confusão. O problema é quando um profissional excede os limites
da sua área de atuação e invade a atividade que é da competência de quem está
habilitado para praticá-la. Consoante o compromisso do profissional da área de
saúde, com base numa proposta interdisciplinar e trans-disciplinar, centrada
nos mecanismos das diversas áreas do conhecimento como Educação Física e
Fisioterapia, o assunto em questão pode promover a responsabilidade que envolve
o saber fazer bem o que deve ser feito. Essas intervenções, apesar de
distintas, mas correlatas, são fundamentais para a saúde das pessoas, o que
exige certo grau de entendimento entre as partes. Precisamos um do outro para
contribuir para o bem-estar das pessoas, quer seja para aliviar as dores,
reabilitar, manter e/ou melhorar a condição de saúde delas. O que a Educação
Física quer e deve fazer é controlar as atividades de intervenção profissional
ligadas ao ensino e acompanhamento do treinamento desta e de quaisquer
modalidades de atividade física ou esporte em escolas, clubes, academias,
parque.